terça-feira, 14 de julho de 2009

O Artista e a obra de arte

Quando o artista modela uma obra, exprime-se de tal modo a si mesmo que o resultado constitui um reflexo singular do próprio ser, daquilo que ele é e de como é... De certa forma, exprime uma centelha da beleza divina do Artista Divino.
Através das obras realizadas, o artista fala e comunica aos outros aquilo que transcende muitas vezes o conhecimento humano. Sendo a arte um caminho para penetrar em mistérios, leva o homem a manifestar através da própria personalidade facetas do Belo.

Ao plasmar uma obra-prima, o artista não dá vida apenas à sua obra, mas, por meio dela, de certo modo manifesta a beleza da vida que se esconde, na simplicidade do ato de “maravilhar-se”.
Quem nunca se emocionou ao contemplar uma peça teatral?Quem não sentiu seu coração bater mais forte ou ouvir uma música?

“A beleza é a vocação a que o Criador
chamou o homem com o dom do talento artístico”.
João Paulo II

Conforme a intuição de Platão, filósofo grego “a força do Bem refugiou-se na natureza do Belo”. Sendo assim, a essência da beleza é o bem, tudo o que é belo, de certa forma, traz intrínseco a si o desejo do Bem.

A obra de arte é a expressão visível do bem que é a condição metafísica da beleza.
Ao falar de artista e obra de arte, não podemos deixar de afirmar, que as obras de arte falam dos seus autores, dão a conhecer o seu íntimo e revelam o contributo original que eles oferecem à história da cultura.Não podem, de forma alguma, ser divididos, mas estão intimamente ligados em sua essência. Como não existe artista sem obra de arte, não existe obra de arte sem artista!

A intuição artística autêntica ultrapassa o que os sentidos captam e, penetrando na realidade, esforça-se por interpretar o seu mistério escondido.
Uma experiência partilhada por todos os artistas é a da distância incomparável que existe entre a obra das suas mãos, mesmo quando bem sucedida e a perfeição fulgurante da beleza vislumbrada no ardor do momento criativo: tudo o que conseguem exprimir naquilo que pintam, modelam, criam, não passa de um pálido reflexo daquele esplendor que brilhou por um instante dos olhos do seu espírito. Não consegue exprimir na íntegra o que conseguiram contemplar, porém, ninguém mais do que o verdadeiro artista esta pronto a reconhecer em sua obra de arte a expressão original do contemplado.

Apresentemos ao Artista Divino a minuciosa capacidade de tocar nos mistérios e peçamos que sejamos sempre expressões vivas e íntegras de sua beleza.

segunda-feira, 27 de abril de 2009

A Função da Arte

"A expressão artística permite ao homem ver-se, conhecer-se,
comunicar-se consigo mesmo."

A arte remonta tempos pré-históricos, é tão velha como a própria vida do homem. Ela surgiu como uma necessidade de dar algo, necessidade de expressão, de comunicação. Antes mesmo de confiar suas emoções à pedra, à palavra, ao som, o homem usa de sua criatividade, da “linguagem artística” para organizar seu espaço. Ela sempre esteve presente nos acontecimentos da vida humana: nascimento, casamento, morte, guerra e etc.

A princípio, para sobreviver, o ser humano unia-se a outros homens para procurar alimentos e construir abrigos que os protegessem do frio, de animais e dos demais perigos. Momentos que foram marcados com pinturas, desenhos, danças: ou seja, com arte. Através dela o homem fala e se comunica com os outros. As “obras artísticas” falam de seus autores, dando a conhecer o seu íntimo e revelam o contributo original que eles oferecem à história da cultura.

A arte de inspiração cristã, por exemplo, começou ditada pela necessidade que os crentes tinham de elaborar sinais que exprimissem os mistérios de fé e simultaneamente de encontrar um “código simbólico” para se reconhecerem e identificarem especialmente nos tempos difíceis das perseguições, pois a arte, para eles, possuia uma capacidade muito própria de captar os diversos aspectos da mensagem traduzindo-os em cores, formas, sons que estimulavam a intuição de quem via e ouvia.

O valor da arte


Num mundo cada vez mais dominado pela insensibilidade, pela racionalização, pela desintegração da beleza, o homem vê sua posição no campo artístico, com uma sensação de dúvida. Por isso é necessário examinar com atenção o valor que a arte tem exercido numa sociedade tão “insensível” e “desintegrada” como a de hoje. Cada criança, homem e cultura expressam seus ideais, anseios, dúvidas e questionamentos através da arte. Ela “é a própria essência de tudo que é humano”.(CIRICI,1975:19). O ato artístico e o objeto da arte demonstram constantemente os objetivos que guiam o homem. A arte descobre a experiência de vida do homem fazendo-o sentir suas emoções plenamente. Ela age no domínio da emoção: estimula o sentir e o reagir do homem e amplia sua sensibilidade. Ao polir essas emoções, a arte desenvolve todas as faculdades humanas.

A arte ocupa a zona da atividade expressiva. Contar histórias, dançar, cantar, pintar, escrever são frutos da necessidade que o homem sente de se exprimir através de atos. A expressão artística permite ao homem ver-se, conhecer-se, comunicar-se consigo mesmo, pois dá voz ao seu interior. “A arte é um meio de comunicação espiritual entre os homens. E quanto mais elevado é o sentimento expresso pela obra de arte, tanto melhor ela pode desempenhar seu papel de comunicação".
A obra de arte é resultado de uma personalidade, unida ou não à sua técnica.

A arte atua na vida de mil maneiras, às vezes difícil de expressar ou identificar, mas é certo que as qualidades da experiência artística, para uma pessoa, em um dado momento e local parecem adquirir um valor especial. Cito por exemplo crianças do jardim da infância pintando. Isso é um meio de expressão livre e desinibido que lhes permite descobrir o mundo.

A arte pode assumir também uma condição educativa, ao despertar tanto nos que produzem, quanto nos que entram em contato com as manifestações artísticas enquanto espectadores, uma consciência crítica, um conhecimento verdadeiro da sua real condição humana. Ela modifica a sensibilidade do homem, cria-lhe uma certa concepção de mundo, determina-lhe um certo comportamento.

O mesmo autor afirma que a arte para as crianças reveste-se de um caráter diverso, que inclui características lúdicas e a possibilidade de organizar suas experiências permitindo uma comunicação significativa consigo mesmas e com o mundo. Duarte Jr, enfatiza que a diferença primordial entre o sentido da arte para o adulto e para a criança é que, para esta, a arte não tem um valor estético. Assim, a experiência artística da criança não busca obras bem “acabadas” e “harmoniosas”, mas, sobretudo, à comunicação.



quinta-feira, 23 de abril de 2009

Músicos em Busca de Deus - "Deus pode em mim, eu posso em Deus"


Gn 1, 1s
O homem é a obra preferida de Deus, assim como todo compositor tem a sua obra predileta, especial. Assim somos nós para o coração do nosso Pai! Esta predileção já deve nos fazer gratos e impulsionados ao serviço.

Deus estava em silêncio quando começou a criar. O silêncio é instrumento da intimidade com aquele que tem a essência de criar do nada. Deus é o único que tem esse poder de tirar do que não existe. “Após o silêncio sempre surgirá uma nova canção”.

Não se pode viver, transbordar unção se não se vive o amor de Deus, único capaz de sustentar os passos a serem dados dentro de uma vida de fidelidade e abertura ao Espírito Santo.

Deus nos criou com um sopro, com algo que vem de dentro, da intimidade. O que existe dentro de Deus senão amor? Quando se estuda, por Deus, o instrumento, a técnica, estamos dando provas ao Senhor de que Sua vontade é a nossa opção.

Deus pode em mim e eu posso em Deus.
Através da música sou potencialmente capaz de refletir, como um espelho, a intimidade do meu coração com o Coração de Deus, mostrando ao mundo que Ele está vivo e ressuscitado. Caso contrário, corro o risco de tornar-me um “marketeiro”, que apenas faz propagandas vazias e sem profundidade. Do que adianta propagar algo que não conheço e experimento?
É a nossa experiência com Deus que nos leva a concluir que somos, antes de tudo, chamados a “ser” e só depois, como conseqüência, vem o nosso “fazer”.

O músico é um instrumento do instrumento de Deus que é a música.
É preciso entender sempre que o músico não é uma peça à parte mas que pertence a um corpo sólido que é a Igreja, devendo assim contribuir com esta, sendo obediente e dócil naquilo que lhe compete. Dentro da Mãe Igreja, o nosso serviço tornar-se –á , então, frutuoso e cheio de sentido.
Que, dia após dia descubramos que o nosso dom precisa nos fazer reconhecer que somos, em tudo, dependentes da graça de Deus!

Por Luciana Fontenele
Consagrada Comunidade Recado

domingo, 19 de abril de 2009

EFAC 2009


A EFAC é uma iniciativa da Comunidade Católica Missionária Recado. Ela tem por objetivo formar técnica e espiritualmente todos aqueles, com idade mínima de 15 anos, que colocam seus dons artísticos a disposição da comunidade paroquial, atuando nas diversas pastorais e movimentos da Igreja.

A formação proposta será dividida em três módulos, sendo cada módulo de cinco dias. Na formação espiritual, todos os inscritos terão aulas de Doutrina Católica, Liturgia, Liderança Cristã e Perfil do Ministro das Artes.

Em outros momentos, os alunos serão divididos nas aulas artísticas. Conforme a escolha de cada um, terão aulas práticas de: técnica vocal, teclado, violão, dança ou teatro, além de aulas teóricas de percepção corporal para dançarinos e atores e teoria musical ou harmonia (conforme o conhecimento do aluno) para cantores e instrumentistas.

Por fim, para um momento juntos, de crescimento artístico e fraterno, todos os alunos participarão das aulas de Canto-Coral.
Teremos ainda momentos de adoração, missas, fraternidade, apresentações e outras atividades.

Todos receberão um certificado de conclusão do módulo, para isso, deverão ter um mínimo de 75% de presença nas aulas. Cada módulo terá 40 horas/aula.

Assista o vídeo!